segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Em Casa (Dömá)


É engraçado... Às vezes precisamos viajar, percorrer distâncias, para perceber que, por mais que saiamos do lugar, por mais que tudo se mostre diferente, é tudo igual. Podemos nos sentir em casa em qualquer lugar, porque a casa está dentro de nós mesmos e a janela aberta para o novo torna tudo confortável. O mundo é um prisma, que nos transporta através de suas multicoloridas opções; mas é tudo é um ponto de vista. Se caminhamos por paragens desconhecidas, ao mesmo tempo nos vemos cercados pelo comum, por aquele traço chamado de Humanidade. Esse traço, que se diferencia em algumas diferentes concepções, está por toda parte, imutável. Gostaria de saber de onde surgiu a primeira postura de preconceito. Com certeza isso está perdido nas profundezas da história, porém, acredito que alguém, desejando escapar ilusoriamente do traço comum de humanidade, inventou isso para dominar e se fazer crer por si e pelos outros, de que é um mito. Por que há pessoas que desejam escapar Desse traço comum?
Os países existem? Os Estados? As raças? Os sexos? Não creio. Eles não existem...,foram criados. O que existe é o ser humano e apenas ele.
Essa sensação de linearidade dominou meu ser, enquanto caminhava pelas terras russas, um lugar a mim estranho e simultaneamente tão familiar.

(Texto: Lara J. Lazo)

Um comentário:

  1. Lindo texto!
    Sinto que todos somos um, apenas com pensamentos que voam de maneiras diferentes!
    Grande abraço

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