segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Teatro Mariinsky de São Petersburgo


Chegamos da rua e entramos num outro mundo: um dos grandes templos do ballet e da música, o teatro Mariinsky, que há pouco tempo comemorou trezentos anos. Ali, Tamara Karsavina e Vaslav Nijinsky eternizaram, para sempre,a grandeza de uma arte que até hoje lota os teatros. Os ballets e peças sinfônicas são preservados pela aura eterna dos guardiões da arte clássica.Um dos teatros mais lindos do mundo, seu brilho dourado realçando uma arquitetura rebuscada e lendária, assombrado em cada canto, pelo espírito dos grandes nomes da música e da dança... Quem poderia se esquecer de Natália Makárova,Mikhail Baryshnikov, Rudolf Nureyév e muitos outros?

Agora sei... Dizem que as pessoas viajam e compram mil badulaques para guardar a lembrança dos lugares visitados, mas posso afirmar que aquilo que não carregamos, levamos para o resto da vida. O teatro, o ballet, a música..., o conjunto disso não carregamos na mochila, mas levamos para a eternidade com a gente.
A famosa cortina do palco, imponente, impregnada de histórias e histórias continua lá e passeia pelo mundo em nossas lembranças.

Pensava enquanto o ballet não começava, em quantas pessoas há no mundo e em quantas delas tinham a felicidade de estar ali, naquele templo da arte? O teatro é enorme ,estava lotado, mas por mais que fôssemos em número, perto da multidão do mundo não éramos nada. Com certeza foi muito melhor do que estar num shopping.
Na sala de espera do espetáculo, de um branco gritante, como numa sala real de um palácio, havia um sutil eco, uma vibração estranha e um ar de que Apolo habita suas entranhas...
E com certeza habita!

(Lara J. Lazo)

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